Por pouco mais de uma hora, minha mente foi oxigenada por um texto inteligente, intrigante, surpreendente e bem-humorado
Por Florestan Fernandes Júnior, do Jornalistas pela Democracia
Depois das três doses da vacina e usando máscara KN95, tomei coragem e arrisquei sair de casa para ir ao teatro assistir “A Pane”, do dramaturgo suíço Friedrich Dürrenmatt. Minha impetuosidade foi muito bem recompensada.
Por pouco mais de uma hora, minha mente foi oxigenada por um texto inteligente, intrigante, surpreendente e bem-humorado. Tudo cuidadosamente embalado na direção primorosa de Malú Bazán e na interpretação impecável do elenco. Atores consagrados como Oswaldo Mendes, Antônio Petrin e Roberto Ascar dividem o palco com os jovens, mas não menos talentosos Cesar Baccan, Heitor Goldflus e Marcelo Ullmann.
O texto nos leva à reflexão sobre a fragilidade de algumas decisões judiciais e, fatalmente, nos remete a algo do nosso passado recente: à farsa do julgamento do caso “triplex do Guarujá”, que resultou na condenação e na prisão por mais de um ano do ex-presidente Lula. As circunstâncias do julgamento e a condição de suspeição do julgador, posteriormente expostas e reconhecidas pelo STF, tornam essa associação inevitável.
“A Pane” está em cartaz no Teatro FAAP (rua Alagoas, 903, em Higienópolis, São Paulo), com sessões às sextas, às 21h; sábados, às 20h; e domingos, às 18h. Informações e televenda: (11) 3662-7233 ou (11) 3662-7234
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
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