Fanáticos e Fanatismo
Em termos religiosos, temos que, segundo os dicionários, fanático “é quem, ou que se julga inspirado por Deus”. De modo geral fanático “é quem, ou que se apaixona demasiadamente por uma causa ou pessoa”.
Podemos aprofundar esta nossa pesquisa consultando trabalhos do pranteado Ir.: Nicola Aslan, em seu Grande Dicionário Enciclopédico, onde é dito que os fanáticos eram os sacerdotes antigos dos cultos de Isis, Cibele, Belona, etc., que eram tomados de delírio sagrado, e que se laceravam até fazer correr sangue. A palavra tomou, assim, o sentido de misticismo vulgar, que admite poderes ocultos, que podem intervir graças ao uso de certos Rituais.
Emprega-se, também, para indicar a intolerância obstinada daquele que luta por uma posição, que considera evidente e verdadeira, e que está disposto a empregar até a violência para fazer valer suas opiniões e para converter a outros que não aceitam as suas ideias. Daí tomar-se o termo, por extensão, para apontar toda e qualquer crença, quer religiosa, ou não, desde que haja manifestação obstinada por parte de quem a segue.
Esta palavra vem do latim fanum, Templo, lugar sagrado. Fanaticus era, em latim, o inspirado, o entusiasmado, o agitado por um furor divino. Posteriormente, tomou o sentido de exaltado, de delirante, de frenético. E, finalmente, o de supersticioso.
Desse modo, podemos agora definir o Fanatismo como sendo a dedicação cega, excessiva, ao zelo religioso; paixão; adesão cega a uma doutrina ou sistema qualquer, inclusive político. Podemos afirmar que o abuso das práticas religiosas pode levar até a exaltação que impelem o fanático a praticar atos criminosos em nome da religião ou de um poder político.
Conforme a Enciclopédia Portuguesa Ilustrada temos que: o fanatismo é uma fé cega, irrefletida, inconsciente, e a maior parte das vezes independente da própria vontade, que algumas pessoas sentem por uma doutrina ou um partido. O fanatismo é uma autossugestão, que se sente independente da própria vontade e que faz sentir uma paixão desordenada a que nos abandonamos.
Enquanto o fanatismo não intervém nas relações sociais dos indivíduos, não deve ser considerado perigoso; mas não sucede o mesmo quando os seus efeitos se manifestam numa sociedade compacta, onde reina a diversidade de crenças e opiniões. O fanatismo causou males em todas as sociedades antigas, e na Idade Media viram-se também excessos produzidos por ele, principalmente o fanatismo religioso.
A Maçonaria condena o fanatismo com todas as suas forças.
Em vários Graus, as instruções giram em torno desta execrável paixão, considerada como um dos inimigos da Ordem Maçônica.
Ir.´. Alfério Di Giaimo Neto – M.`. I.´.
CIM 196017
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