Apesar de ser uma organização teoricamente discreta, a aproximação de políticos da extrema-direita com a Maçonaria brasileira tem chamado atenção.
Eventos dentro de lojas, manifestações oficiais de entidades ligadas à ordem e o uso de símbolos por grupos radicais tornaram-se comuns. Há até mesmo fake news pró-radicalismo usando a maçonaria como entidade legitimadora de virtude e moral.
Por tudo isso e pela total falta de crítica a fatos graves mais recentes consolidou-se na opinião pública uma adesão da ordem ao estado das coisas atual. E isso não é a verdade – há, sim, contestação. Peço a palavra porque uma manifestação de princípios e do que está escrito sobre a ética maçônica se faz necessária. Poderia usar filosofia, mas ética diz respeito a “cuidado” e acredito que é esse um elemento importante para nos situarmos. Cuidar fala de virtudes e de necessidades humanas – e é por aí que o ideal de espírito maçom caminha.
Mesmo com a restrição dos debates partidários dentro das lojas, é natural que existam maçons de direita, de esquerda, de centro e até aqueles que não se posicionam. O que causa desconforto é o alinhamento de número significativo de maçons ao que podemos chamar de bolsonarismo, ou à tendência política caracterizada pela idolatria, pelo conflito permanente, apologia à violência, pelo conservadorismo radical e sectário e pelo apoio incondicional às medidas neoliberais (de patriotismo questionável).
Há, entretanto, uma gritante incompatibilidade entre os princípios da Maçonaria com esse viés político e moral descrito, com o bolsonarismo. Na última semana, com a afronta ao republicanismo feita na ameaça contra o STF e o Congresso Nacional, essa incompatibilidade entre os valores e as manifestações do bolsonarismo em relação aos da maçonaria tornou-se ainda mais forte.
[su_highlight background=”#c62118″ color=”#fefdfe”]Não são poucos os pontos de divergência das duas éticas, na da construção social que valoriza a humanidade e na outra que prega e aposta firme no sectarismo e em símbolos de violência.[/su_highlight]
[su_pullquote]Esses pontos vão muito além dos conhecidos fins que perseguimos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade – ou mesmo nas virtudes esperança e caridade.[/su_pullquote]
[su_pullquote align=”right”]Há princípios pelos quais todos os maçons devem basear suas vidas e, em quase sua totalidade, eles se confrontam diametralmente com o bolsonarismo.[/su_pullquote]
Lutar contra o sectarismo político, religioso e racial e contra o obscurantismo e a tirania, por exemplo, são princípios, são imperativos morais básicos de um irmão aprendiz ou mestre. A sabedoria almejada pelo maçom o serve para fazê-lo livre, justamente por ser torná-lo capaz de superar suas paixões, o medo e a manipulação de qualquer forma.
Resumindo:
O bolsonarismo é incompatível com a ética maçônica
Continua…

Leandro Minozzo é Professor universitário, mestre em Educação e escritor
Hamilton
O DEM roubou o Brasil por muitos anos fora o PSDB PMDB e outros mais e a maçonaria ficou caladinha por todo esse tempo.
Foi omissa e covarde.
Agora que alguém continua a roubar é que ela vai falar?
Que vergonha.
Bolsonaro não merece o apoio dos maçons que tem vergonha na cara.
Os que não tem pode continuar com os ladrões declarados