Raquel Dodge reuniu-se nesta 3ª feira, 16/7, com Deltan Dallagnol e outros integrantes da organização criminosa [OrCrim] chefiada por Moro, como Gilmar Mendes nomeou a FT da Lava Jato. É o 1º encontro público da Chefe do MPF com o coordenador da Lava Jato desde a 1ª revelação dos conteúdos aterradores pelo Intercept, há quase 50 dias.
Até então, Dodge estava impavidamente omissa. Em vergonhosa omissão [aqui].
Estivesse o Brasil numa situação de normalidade institucional, com a Constituição e as Leis respeitadas e o Estado de Direito vigente, esperava-se, pelo menos, que “Delta” Dallagnol e seu comparsa de palestras “Robito” Pozzobon fossem notificados do afastamento dos cargos para responder sindicância, recebessem voz de prisão da Chefe e fossem conduzidos pelo japonês da Federal para a Penitenciária da Papuda para iniciarem cumprimento de pena.
Além disso, esperava-se que Dodge anunciasse solenemente aos demais integrantes da comitiva de Curitiba a mudança de padrão: uma vez reveladas novas provas documentais, os/as implicados/as em ilicitudes teriam o mesmo destino do “Delta” e do “Robito”.
O resultado do encontro, contudo, conseguiu ser mais vergonhoso que a omissão vergonhosa que Raquel Dodge vinha tendo em relação aos crimes cometidos por membros da sua corporação. Ao final, Raquel Dodge hipotecou “apoio institucional, financeiro e de pessoal ao combate à corrupção e ao crime organizado, para que a Força-Tarefa Lava Jato cumpra com integridade seus objetivos, […]” [nota MPF aqui].
Uma patética PGR ainda declarou, com uma dose formidável de hipocrisia, que o apoio à força-tarefa permite que “o patrimônio público seja preservado e que a honestidade dos administradores prevaleça” [sic].
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